segunda-feira, 5 de maio de 2008

Conferência Nacional da Juventude rechaça diminuição da maioridade penal.

A proposta de setores da mídia e da direita de reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos foi amplamente repudiada pelos cerca de dois mil presentes à 1ª Conferência Nacional da Juventude, realizada esta semana em Brasília.
De acordo com Volnei Bastian, da Secretaria de Estado da Criança e da Juventude do Paraná, se houver a redução, eles vão para a cadeia virar futuros marginais, enquanto em um centro de socioeducação ele vai tentar ser reintegrado. “No Paraná, a gente investiu bastante em novos centros de socioeducação com psicólogos, professores, terapia educacional e estamos conseguindo ajudar muitos meninos”, declarou Bastian, frisando que quem defende a redução da maioridade penal não conhece a realidade dos jovens infratores. “Não sabe a realidade dos pais deles, se é que ele tem pai e mãe. Muitas vezes o pai dele é o traficante”.
Para Lívia Santos, representante de Sergipe, “o jovem de classe baixa, que será o mais atingido pela redução, já é privado de tudo. A redução não resolve, tem que elaborar políticas públicas que insiram esse jovem, a redução é uma medida totalmente burocrática e ditatorial”. Também de Sergipe, Jardel Martinez, defende que o foco deve ser a prevenção da violência: “A gente não tem que se preocupar em prender o menor, mas em fazer ações sociais para que ele não cometa os atos ilegais. O foco principal deve ser a prevenção e não a punição”.

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