quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Serra privilegia Telefónica com isenção para enganar incautos


Multinacional espanhola embolsará mais alguns milhões às custas do contribuinte paulista para continuar fornecendo a impopular banda lenta


Na quarta-feira da semana passada, a Telefónica anunciou que ia lançar a “banda larga popular”. Era algo tão ridículo – nem a banda larga dos ricos funciona na Telefónica – que resolvemos não fazer comentários. Para que estragar uma piada tão perfeita?
Pois, 24 horas depois, o governador de São Paulo, José Serra, decretou isenção de ICMS para a Telefónica vender a “banda larga popular” aos incautos. O secretário da Fazenda anunciou que se tratava de um programa do governo de São Paulo, mas que a única operadora que havia aderido a ele era a Telefónica. Provavelmente, tal se deu porque o “programa” era da Telefónica. O governo de São Paulo é que aderiu a ele...
A Net lançou nota, declarando que desconhecia a banda larga do Serra e o presidente da Oi disse a mesma coisa. A isenção, portanto, equivalente a 1/5 do que o Estado arrecada com impostos sobre a Internet, foi só para a Telefónica. Os paulistas, que adoram a competência, honestidade e dedicação à causa pública dessa tele, vão ficar muito satisfeitos – e certamente votarão em massa no candidato da Telefónica.
Aliás, muito interessante o decreto do governador de São Paulo: a isenção é para a Telefónica fornecer banda larga com “velocidade mínima de 200 Kbps e máxima de 1 Mbps”. Como? De 200 Kbps a 1 Mbps? Uma faixa que varia em cinco vezes a velocidade? Que velocidade a Telefónica vai fornecer aos usuários? Um renomado especialista que nós consultamos, ilustrou o decreto de Serra com uma panificadora metáfora: “se algum decreto determinar que as padarias possam vender de 5 a 25 pães pelo mesmo preço, certamente que nenhum padeiro irá vender mais do que 5 por esse preço”.
Porém, com a Telefónica, a coisa é pior, pois ela fornece em média 10% da velocidade que consta em seus contratos. Portanto, com muita boa vontade, a “banda larga popular” da Telefónica vai ao ar com 200 Kbps. Se for seguida a rotina dos 10%, o coitado que cair nessa pode se preparar para se suicidar ou para matar algum diretor da Telefónica. E que não se diga que estamos pregando a violência: o que estamos pregando é que ninguém compre essa joça. Assim, estaremos livres de consequências mais trágicas.
A ONU, através da União Internacional de Telecomunicações (UIT), define que a banda larga deve ter “capacidade de transmissão mais rápida que a velocidade primária da rede digital de serviços integrados (ISDN) em 1,5 ou 2,0 megabits por segundo (Mbits)” (Recomendação I.113, “Vocabulary of terms for broadband aspects of ISDN”, do Setor de Normatização da UIT). A “velocidade primária” referida nessa definição vai de 16 a 64 kbit por segundo (Recomendação I.430 da UIT). A banda larga, portanto, teria que ter velocidade 1,5 a 2 Mbps acima disso.
Entretanto, a banda larga que o povo merece, segundo Serra, difere pouco de um acesso discado – a diferença são as panes da Telefónica. A essa banda lenta vagabunda eles chamam de “banda larga popular”.
No entanto, a vigarice não deixa de ter efeitos pedagógicos. Na semana passada, as teles, o ministro Hélio Costa e mais alguns lobistas, fizeram carga contra o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que está sendo finalizado no Ministério do Planejamento, sob a coordenação do engenheiro Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação.
Segundo esses cavalheiros, era um absurdo afastar as teles da universalização da banda larga, apesar delas até agora não terem universalizado nada, pelo contrário. O PNBL prevê a participação de inúmeras empresas privadas não-monopolistas – mas, exatamente para que seja possível a participação dessas empresas (e, de resto, para que seja possível a universalização da Internet via banda larga) o plano não depende do monopólio das teles, cuja ação é sempre a de concentrar seus onerosos serviços numa estreita faixa da população, naturalmente, a mais rica.
Pois bem, depois da banda vadia com isenção fiscal da Telefónica, vai ser difícil alguém defender que as teles é que devem universalizar a banda larga. Aliás, difícil, não: sem dúvida, vão reaparecer esses defensores, pois lobismo e burrice não são muito afetados pela realidade. Difícil é eles serem levados a sério. A Telefónica e o Serra se encarregaram de avacalhar a causa.
Quanto a Serra, ele concedeu isenção para algo que já existe, o surrado “Speedy light” da Telefónica. A “banda larga popular” é apenas uma mudança de nome. Portanto, tudo continua exatamente na mesma, exceto que a Telefónica embolsará mais alguns milhões às custas do contribuinte paulista.


CARLOS LOPES

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Congresso da UBES terá nova data.

A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, entidade máxima na representação e organização dos estudantes brasileiros anunciou que convocará sua diretoria para discutir novas datas para a Etapa Nacional de seu 38º Congresso, inicialmente marcado para os dias 4 à 6 de Dezembro. Com a nova data do ENEM - remarcado pela descoberta de fraude no processo, o Congresso da UBES deverá ser remarcado e contar com novas datas nos próximos dias.

Em breve serão publicadas novidades em nosso site. (www.umesa.org.br)
Acompanhe a UMESA também no Twitter www.twitter.com/umesa17anos

Manifestação na Paulista em São Paulo/SP.


Cerca de 7 mil jovens caminharam do vão livre do Masp, na Avenida Paulista, até a Secretaria Municipal de Educação, no centro da cidade


Cerca de 7 mil estudantes se reuniram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, na manhã desta sexta-feira (15), para protestar contra o sucateamento da Educação no Estado e por mais investimentos e qualidade de ensino.
Sob a coordenação da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo), eles seguiram o carro de som rumo à Secretaria Municipal de Educação. Munidos de faixas e bandeiras e com os rostos pintados, os jovens reivindicaram o fim da aprovação automática das escolas públicas, o que, segundo a presidente da UMES, Ana Letícia Oliveira, é prova do descaso do Estado com a Educação.
"Queremos aprofundar as mudanças, como o ProUni. O nível de Educação de São Paulo é uma vergonha e isso não é um problema causado pelo professor ou pelo aluno, como algumas autoridades preferem encarar. É impossível ter qualidade quando faltam materiais didáticos", explicou Ana Letícia.
Vitor Monteiro, tesoureiro da UMES e estudante do 2º ano do ensino médio, explica que os estudantes são contra as medidas do atual Governo Estadual, referindo-se à distribuição do material didático pela Secretaria Estadual de Educação. "Esse material tira a autonomia do professor, diz até como ele deve se comportar em aula".
A manifestação também comemorou a volta da UNE e da UBES para a casa. "Os estudantes paulistas celebraram hoje uma conquista histórica para o movimento estudantil brasileiro. A assinatura do Projeto de Lei que reconhece a responsabilidade do Estado na destruição da sede das entidades na Praia do Flamengo, 132 dá novo gás às lutas dos estudantes. Aqui em São Paulo o movimento estudantil tem um importante papel: barrar o projeto neoliberal para a educação", disse a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, presente no ato.
Segundo o presidente da UBES, Ismael Cardoso, "apesar de o estado de São Paulo ser o mais rico do País, a qualidade do ensino está muito aquém do necessário". De acordo com ele, os estudantes protestavam também contra o fechamento de escolas, como a Escola Municipal Derville Alegretti, a única municipal que possui ensino técnico.
Segundo a diretora de comunicação da entidade, Ana Carolina Cota, o protesto reafirma o "apoio aos professores na defesa do ensino público que está sendo sucateado pelos atuais governos estadual e municipal".
Da Redação
Com Portal UOL
Foto: Márcio Fernandes / Agência Estado

domingo, 4 de outubro de 2009

UMESA realizará Encontro Municipal de Grêmios Estudantis




Com o tema UNIR OS ESTUDANTES E DEFENDER O BRASIL! já dá uma dica de quais serão os ingredientes do Encontro Municipal de Grêmios Estudantis da UMESA. A entidade estudantil que representa os estudantes do ensino fundamental, médio, técnico, pré-vestibular e profissionalizantes que chega aos seus 17 anos propõe discutir os rumos da organização estudantil em nossa cidade, além de aproveitar para discutir assuntos como o Pré-sal, Educação e outros temas relacionados aos estudantes e a juventude. O Encontro ocorre no dia 10 de Outubro, às 14h no Centro de Participação Popular Claudio Campos, que fica na Av. Duque de Caxias, 242 - Centro. Os Grêmios e estudantes que tiverem dúvidas podem enviar email para contato@umesa.org.br .



Para obter o material da atividade basta entrar em contato.

Ministério da Educação anuncia adiamento do ENEM.

Em pronunciamento em rede de rádio e televisão, nesta quinta-feira, 1º de outubro, o ministro da Educação, Fernando Haddad, comunicou ao país o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o ministro, a decisão de adiar o Enem foi motivada pela denúncia de que uma prova impressa foi oferecida para publicação em um jornal de circulação nacional, na noite de quarta-feira, dia 30 de setembro.Enquanto o MEC prepara outra prova e a Polícia Federal investiga o roubo, Haddad sugeriu aos estudantes que aproveitem o tempo para aprimorar os estudos. Anunciou, ainda, que o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) colocaram em seus portais eletrônicos a prova descartada para uso em simulados.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
Leia o pronunciamento do ministro.
Assista ao video do pronunciamento.Confira as provas do Enem:

Publicado no Portal do MEC - www.mec.gov.br