sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Manifestação na Paulista em São Paulo/SP.


Cerca de 7 mil jovens caminharam do vão livre do Masp, na Avenida Paulista, até a Secretaria Municipal de Educação, no centro da cidade


Cerca de 7 mil estudantes se reuniram no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, na manhã desta sexta-feira (15), para protestar contra o sucateamento da Educação no Estado e por mais investimentos e qualidade de ensino.
Sob a coordenação da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo), eles seguiram o carro de som rumo à Secretaria Municipal de Educação. Munidos de faixas e bandeiras e com os rostos pintados, os jovens reivindicaram o fim da aprovação automática das escolas públicas, o que, segundo a presidente da UMES, Ana Letícia Oliveira, é prova do descaso do Estado com a Educação.
"Queremos aprofundar as mudanças, como o ProUni. O nível de Educação de São Paulo é uma vergonha e isso não é um problema causado pelo professor ou pelo aluno, como algumas autoridades preferem encarar. É impossível ter qualidade quando faltam materiais didáticos", explicou Ana Letícia.
Vitor Monteiro, tesoureiro da UMES e estudante do 2º ano do ensino médio, explica que os estudantes são contra as medidas do atual Governo Estadual, referindo-se à distribuição do material didático pela Secretaria Estadual de Educação. "Esse material tira a autonomia do professor, diz até como ele deve se comportar em aula".
A manifestação também comemorou a volta da UNE e da UBES para a casa. "Os estudantes paulistas celebraram hoje uma conquista histórica para o movimento estudantil brasileiro. A assinatura do Projeto de Lei que reconhece a responsabilidade do Estado na destruição da sede das entidades na Praia do Flamengo, 132 dá novo gás às lutas dos estudantes. Aqui em São Paulo o movimento estudantil tem um importante papel: barrar o projeto neoliberal para a educação", disse a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, presente no ato.
Segundo o presidente da UBES, Ismael Cardoso, "apesar de o estado de São Paulo ser o mais rico do País, a qualidade do ensino está muito aquém do necessário". De acordo com ele, os estudantes protestavam também contra o fechamento de escolas, como a Escola Municipal Derville Alegretti, a única municipal que possui ensino técnico.
Segundo a diretora de comunicação da entidade, Ana Carolina Cota, o protesto reafirma o "apoio aos professores na defesa do ensino público que está sendo sucateado pelos atuais governos estadual e municipal".
Da Redação
Com Portal UOL
Foto: Márcio Fernandes / Agência Estado

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