segunda-feira, 4 de maio de 2009

Rede Pública precisa de investimentos e estrutura.



Divulgados na última semana, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pode se tornar uma espécie de vestibular, levam à reflexão de que a educação em Araraquara precisa de investimentos estruturais e pedagógicos.


Esta é a opinião do cientista social José dos Reis Santos Filho, da Unesp de Araraquara. “A situação não pode ser considerada boa; no máximo, regular”, avalia ele.Para Reis, o problema é nacional. “Nenhuma escola do Brasil obteve um índice que possa ser considerado excelente. A melhor de todas, a São Bento, do Rio de Janeiro, chegou a 80,58, que é bom, mas ainda não é o melhor possível”, exemplifica. “No caso de Araraquara, as escolas particulares não tiveram índices muito diferentes das públicas”, comenta.
Para Reis, escolas públicas e particulares não tiveram índices de aproveitamento muitos discrepantes no último Enem, o que leva a reflexões Divulgados na última semana, os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que pode se tornar uma espécie de vestibular, levam à reflexão de que a educação em Araraquara precisa de investimentos estruturais e pedagógicos. Esta é a opinião do cientista social José dos Reis Santos Filho, da Unesp de Araraquara. “A situação não pode ser considerada boa; no máximo, regular”, avalia ele.Para Reis, o problema é nacional. “Nenhuma escola do Brasil obteve um índice que possa ser considerado excelente. A melhor de todas, a São Bento, do Rio de Janeiro, chegou a 80,58, que é bom, mas ainda não é o melhor possível”, exemplifica. “No caso de Araraquara, as escolas particulares não tiveram índices muito diferentes das públicas”, comenta.



Realidade



O cientista social acredita ser necessário analisar os projetos pedagógicos, as políticas públicas voltadas para a Educação e também o nível de envolvimento dos pais na educação dos filhos. “É necessário saber, entre outros aspectos, se as escolas permitem o contato dos alunos com a realidade social e se vão além do objetivo de fazê-los passar no vestibular”, ressalta.Segundo ele, a universalização do ensino em todos os níveis não pode se restringir apenas à garantia de que crianças e jovens estejam fisicamente na escola. “É preciso garantir que as escolas disponham de estrutura e recursos para motivar os alunos a aprender. O professor precisa ser bem remunerado e ter materiais à disposição, a fim de desenvolver o trabalho pedagógico. Devido à necessidade de investimentos, é um processo que leva alguns anos para se concretizar”, afirma.



Diagnóstico



Na última segunda-feira, a vereadora Márcia Lia (PT) coordenou audiência pública no plenário da Câmara com o tema “A Educação como Instrumento de Inclusão Social de Jovens e Adultos”. O evento teve a presença de professores, educadores, estudantes e do deputado estadual Roberto Felício (PT-SP). Para Márcia, “a audiência é o primeiro momento de um amplo debate que deve ser realizado de forma permanente, a fim de discutir os problemas enfrentados na rede de ensino, como falta de professores e violência sofrida por estudantes, além de possíveis soluções para que todos tenham acesso a um ensino de qualidade”. Ela acredita que, em todos os níveis educacionais, há necessidade de um diagnóstico, a ser elaborado com informações e o envolvimento de estudantes, pais, professores, especialistas e integrantes do Poder Público. “Com o diagnóstico, saberemos quais são os problemas e a dimensão destes, a fim de que se possam buscar soluções”, afirma.



Valorização e integração



Antônio Martins, secretário municipal de Educação, destaca a educação pública de qualidade como “único meio de dar a mais de 80% dos jovens do Brasil a perspectiva de futuro”. Para ele, “a melhoria do ensino público só é possível com investimentos contínuos por meio de políticas públicas, valorização de todos os profissionais da educação, atualização da formação inicial dos professores e implantação de um sistema nacional que integre municípios, Estados e a União na gestão e no financiamento do ensino”.Roberto Felício (PT), deputado estadual, propõe aumento da verba obrigatória destinada ao desenvolvimento do ensino e a elaboração de projetos governamentais com a participação de educadores, professores e demais interessados no setor.


Na opinião de Walter Strozzi, presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umesa), “é necessária a união entre estudantes, professores e sociedade civil”. Ele defende a redução do número de estudantes em sala de aula, o fim da progressão continuada (aprovação automática), além de melhorias tanto nas condições de trabalho dos educadores, que precisam se qualificar e se dedicar a formatação de aulas e atividades extracurriculares, quanto nas próprias unidades existentes na rede escolar, que estão com laboratórios fechados, salas mal conservadas, entre outros problemas estruturais.



Publicado no Jornal Tribuna Impressa, dia 3 de Maio de 2009 - Cidade

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