quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pela volta das merendeiras nas escolas!

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Araraquara vem por meio desta denunciar o verdadeiro descaso com a educação em nosso estado, onde a última cartada da dupla Serra/Maria Helena foi cortar as merendeiras após solicitação por parte do Ministério Público e não garantir a substituição das mesmas. O cúmulo do absurdo fica ainda por conta da receita mágica que foi passada como determinação aos diretores das escolas: tirar funcionários da limpeza, porteiros, zeladores ou em outros setores para que façam a merenda ou então que os pais vão para o fogão. Diante do caos que criaram, covardemente colocam as direções das escolas como principal responsável pelo problema.
Hoje, contamos com verdadeiros heróis da resistência nas escolas, onde diretores e funcionários superam as más condições de trabalho, a falta de segurança, a falta de estrutura mínima para atender e ofertar educação com qualidade e ainda vêem o estado que detém 32% do PIB Nacional com os piores índices de ensino.
No ano de 2006, atravessamos problema parecido, pois o estado também deixou de cumprir com o seu papel em relação à oferta de merenda.
Desde a última sexta-feira (30), pelo menos 8 escolas em nossa cidade, estão sem merenda e a dirigente regional de ensino embora saiba que milhares de estudantes têm a merenda escolar como sua única refeição em seu dia, se recusa a admitir e discutir o problema. Como se não bastasse ainda reprime a justa insatisfação de professores, funcionários e diretores das escolas.
Unidades Escolares como João Pires de Camargo e Angelina Lia Rolfsen segundo denuncia de seus Grêmios Estudantis estão no 4º dia sem merenda. Outras escolas como o Leonardo Barbieri os pais de estudantes estão pilotando os fogões. Começam a aparecer casos de alunos que passaram mal na escola por falta da merenda.
Podemos destacar ainda que depois de 40 anos das maiores mobilizações populares contra a ditadura militar, tentam implantar no estado de São Paulo nova ditadura, pois aqueles que se revoltam com a atual situação educacional acabam por perseguidos e chamados a prestar explicações a diretoria de ensino. Os estudantes e trabalhadores na educação não irão baixar a guarda, afinal vencemos a ditadura militar e não vai ser agora depois de 20 anos de democracia que vão calar a nossa voz. A unidade dos professores, estudantes, diretores e funcionários é o que vai garantir o salto de qualidade de nossa luta e garantirá o avanço na educação. A UMESA conclama a união da comunidade escolar e da população para barrar mais esse ato de desmonte do ensino público!
Pela imediata contratação de merendeiras, treinadas e qualificadas!
Deixar nossos estudantes passar fome é crime!


Diretoria Executiva da UMESA - 2 de Junho de 2008.

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